Eu não tenho emprego, também pudera, faz pouco tempo que estou de volta nessa cidade.
Não que isso justifique, acho que falta de sorte justificaria melhor essa situação.
Aliás, falta de sorte pode justificar essa história desde o início, ou excesso, ainda não
cheguei naquela parte em que descobrimos... falta muito.
Um emprego não é o principal assunto desse texto, ou poema, nunca fui boa em português
para diferenciar, nem para escrever, mas volto a minha mania de justificar de novo
e digo que apenas senti vontade de escrever sobre algo.
Nesse últimos tempos me encontrei em certas situações que me obrigaram a pensar muito,
eu não gosto de pensar, ainda mais sobre a vida, nunca chego a conclusão nenhuma
e sempre meu ultimo pensamento é ' foda se', Depois eu durmo, pensei em milhares de coisas,
das mais variadas formas, e nos mais variados contextos, no final de tudo estou dormindo
como quem procura anestesiar a mente, é verdade... é sempre dormindo que eu fujo das
questões que eu deveria responder.
Eu quero colocar a culpa em alguém, as vezes coloco na vida, grito, e me revolto e finjo
que só tenho problemas por consequencia da morte dos meus pais. O mais ridiculo disso
é que eu tenho plena consciência, que é uma tremenda mentira.
eu teria problemas do mesmo jeito, todo mundo tem,e não há como medir isso, se temos
mais ou menos que o restante das pessoas, porque parece conversa, mas é verdade...
cada um sabe a cruz que carrega!
Um tempo atrás eu acreditava que podia fugir de todos meus problemas, achava que
indo morar bem longe, em um lugar onde não conheço ninguém, não teria má fama, as
pessoas não se preocupariam se eu vomitei na frente de todos, se subi em cima da mesa
e tirei a roupa, ou quem são as pessoas que eu me relaciono, amorosamente e como posso dizer...
amigavelmente, se elas são boas pessoas ou não, poderia começar tudo de novo, tudo que eu achase
que caguei aqui, e sabe o que eu descobri? eu posso. Realmente é uma solução para esse problema.
TÁ BOM, se um problema matemático é tão dificil, até parece qe chegar no botão de reset da vida
ia ser tão fácil assim.
Eu solucionei um problema, e criei vários outros problemas.
Eu precisaria de um milhão de anos para descobrir qual deles era maior, e qual eu queria enfrentar
nunca vou descobrir, mas tinha que tomar uma decisão, e encarei a minha vida de sempre
de novo, encarei as mesmas pessoas que eu sinto vergonha, encarei a liberdade.
Eu tenho um problema muito grande com a liberdade, não sei dosá la quando a tenho de menos
mal consigo respirar, me abato, acho que não estou vivendo, que só estou perdendo tempo
sem sentido algum, entro em nóia mesmo. Quando a tenho em excesso, uso mais do que tenho
chego a pedir emprestado, passo no cartão, parcelo e depois não tenho como pagar tanta
liberdade. Se eu não aprender a lidar, vou ter grandes problemas pois um dia vou ter que
conviver com ela em doses infinitas, e vou viver literalmente, lo u ca!
As minhas vontades são um exagero, eu nunca quero pouco, nem muito.. eu quero demais mesmo.
quero demais aproveitar todos os momentos, não quero que eles acabem, quero me divertir a preço qualquer
quero fazer tudo o que tenho vontade, deixa explicar melhor, se eu sentir vontade de correr pelada na rua
e vou fazer. E é isso que vem me f* a vida toda. Eu tenho que chegar na real idéia de que eu não posso
fazer o que me dá na cabeça, e que ninguém pode, mas nossa... como eu sou completamente desiquilibrada!
Vou parar de assumir esses meus erros, e falar da parte boa dessa fábula. Meu senso de humor é gigante,
eu vejo graça onde tem, e também onde não tem, e eu não consigo parar, é como se o tempo todo
eu tivesse uma piadinha boba na mente, as vezes eu falo, e as vezes eu fico rindo sozinha, para não parecer
boba demais... não funciona. Sou tipo aqela pessoa qe tá levando porrada, sorrindo, sem dente!
Eu gosto disso, não me deixa entristecer. Quer saber? o final desse meu conto, poema, fábula vai ser muito triste.
Porque vai acabar sem final assim como os meus pensamento, quer saber? fo da se, vou dormir! :*